domingo, 15 de maio de 2016

Taxa Selic e o controle artificial da inflação

Você já deve ter ouvido falar que o Brasil tem a maior taxa de juros do mundo, e deve também ter visto na TV as notícias de que foi aumentada a taxa Selic pelo tal de Copom.
Mas você entendeu?
Copom é o Comitê de Política Monetária do Banco Central. Dentre suas atribuições, está a de fixar a taxa básica de juros, conhecida por taxa Selic, que é a taxa de juros praticada em empréstimos interbancos. Essas operações, chamadas overnight, são necessárias nas vezes que os bancos fecham o dia com balanço negativo, a fim de garantir a liquidez dos mesmos, obrigatória pelo sistema financeiro nacional. Por isso, para não fecharem o dia no vermelho, muitos bancos pegam dinheiro emprestado, por um dia, e pagam os juros definidos pela taxa Selic.
Mas como diabos a taxa Selic influencia a inflação? É o seguinte: quando os empréstimos entre os bancos ficam mais caros, por causa da taxa de juros mais alta, os bancos costumam repassar esse custo para os correntistas, aumentando os juros para eles obterem crédito. Isso faz com que o chamado spread bancário, que é a diferença entre o que o banco paga a você quando investe seu dinheiro e o que você paga ao banco quando pega dinheiro emprestado fique muito alta. Assim, com o crédito caro, as pessoas tendem a se endividar com mais cautela, evitando consumir em excesso.
Por isso, como o consumo (procura) cai, de repente os fornecedores se vêem cheios de mercadorias (oferta). Pela lei da oferta e da procura, oferta alta e procura baixa tende a fazer os preços baixarem ou pelo menos não aumentarem.
O problema é que isso é uma facada no coração dos empresários, pois como as vendas caem, logo eles demitem, fecham fábricas e lojas, falem. Resultado: recessão.
Mas dá para fazer de outro jeito? Dá! Baixando os juros, num primeiro momento, a inflação pode até subir, pois a procura aumenta e a oferta, que tinha diminuído, talvez não atenda de imediato, causando alta nos preços. Entretanto, com o tempo, os empresários contratarão mais para produzir mais, fazendo automaticamente aumentar o consumo, pois os novos empregados, com seu salário, também consumirão e isso aquecerá o mercado, fazendo surgir novas empresas, aumentando a livre concorrência, forçando os empresários a manter os preços num patamar controlado para não perder mercado. Isso aumenta o desenvolvimento, aquece a economia, aumenta o PIB, faz a tecnologia se desenvolver, pois o mercado demanda.
E porque o governo não faz isso? O governo adotou uma forma de tentar conter a inflação na marra, que pode funcionar num primeiro momento, mas com o tempo congela o país na recessão. Tudo para ganhar eleições. De dois em dois anos, há eleições no Brasil. Não dá tempo de esperar a economia se curar com mais liberalismo. Assim, eles arrocham além da conta, preocupados com o número que aparece nos indicadores econômicos.
Espera-se que um governo mais liberal possa entender que o caminho contrário possa representar a recuperação da nossa economia.

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Que venham tempos de paz

O processo de impeachment

Ontem foi afastada a Presidente da República, por 180 dias, no processo  de Impeachment.
Após ser admitido por 367 dos 513 deputados, o processo foi instaurado pelo voto de 55 dos 78 senadores presentes na sessão (22 votaram contra, o presidente não votou).
Michel Temer, o vice-presidente, tomou posse e já relizou algumas mudanças, pela extinção e pela fusão de alguns ministérios, extinção de verbas para propagandas do governo, iniciou o processo que vai colocar na rua milhares de não concursados etc.
Seu discurso é que vai fazer uma faxina. Se fizer mesmo, será ótimo para o Brasil. A redução dos gastos públicos é  urgente.
Mas muita coisa deve mudar a partir de agora.
O fim das remessas de dinheiro para os países contaminados pelo bolivarianismo, novo nome dado aos comunistas. Fim dos empréstimos a juros baixíssimos a outros países sem nenhuma garantia de pagamento. Fim de médicos estrangeiros fazendo a festa aqui sem nenhuma prova que teste sua competência e nem mesmo nenhuma comprovação de que são mesmo médicos. Fim dos discursos envergonhadores, que nos insultavam os sentidos.
Isso mesmo, chega de saudar a mandioca, de mulheres sapiens, de tentar enfiar a pasta no dentífricio e de estocar vento. Pelo início de discursos objetivos, preparados, principalmente em congressos internacionais, uma vez que a imagem do Brasil está em jogo, e isso é determinante para a vinda de investimentos estrangeiros para cá.
Chega de frear a economia para segurar a inflação. No mundo inteiro se promove o desenvolvimento e a inflação é controlada. No Brasil se desestimula o consumo e a produção para obrigar, pelo arrocho, produtores e comerciantes a abaixar os preços por causa da baixíssima procura. Só que isso desestimula a produção, faz cair a oferta e, a longo prazo, subirem os preços novamente pela baixa oferta.
A indústria, desestimulada, não investe em tecnologia. O brasileiro, endividado e com o dólar alto, não importa os produtos que deseja. Com o tempo, ficamos atrasados em relação ao resto do mundo.
Chega de crescimento negativo... chega de educação pífia... chega de nivelar por baixo... chega de tolerar corrupção desse governo porque a corrupção não foi inventada por eles... chega de propinodutos, mensalões e petrolões. Chega de quase 40 ministérios. Chega!
Se Temer vacilar, o tiramos de lá também. Agora é assim (eu espero). Ou faz direito, ou a porta da rua é a serventia da casa.
Macri, na Argentina, em poucos meses de faxina, melhorou muito o país. Espero que se espelhem nele.
Boa sorte Brasil, que venham dias melhores.