segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Por que poker não é sorte…

Vejam o vídeo abaixo:

Pós flop, três jogadores na mesa, um (YU) com pocket kings (par de reis na mão), outro (CLARK) com  AK (ás e rei), enquanto Phil Ivey não tinha nada, embora tivesse possibilidade de fazer uma sequência. Ele aposta 6000, ambos pagam. Abre-se um rei no turn, que dá 67% de chances de vitória ao jogador que tinha par de reis, que agora tem uma trinca, enquanto o outro ainda tem um flush draw, ou seja, cerca de 25% de chances de fazer um flush no river, tendo ás e rei na mão, sem saber que o adversário tem trinca de reis. Vem o river, um ás. Pega fogo o jogo. Ivey blefa apostando 12 mil. O jogador que tinha trinca de reis está com a vitória nas mãos, basta pagar e continuar no jogo. Porém, Ivey acaba com o psicológico dos adversários ao usar o ousado blefe. Observe que o referido blefe só funciona porque na mesa havia 10 J K e A, ou seja, qualquer pessoa que tivesse uma dama, Q, venceria com sequência. Entretanto, nem ele sabe o que têm seus adversários, nem eles sabem o que ele tem. Imagine-se no lugar do sujeito que tem trinca de reis, com uma possibilidade concreta de sequência na mesa, e um doido apostando 12000. Ele não aguentou a pressão e deu fold (correu), jogando sua mão vencedora fora. Após isso, o outro, que venceria com seu AK, já que havia mais um ás e um rei na mesa, fazendo dois pares de ases e reis. Entretanto, ele também não confia em seu jogo e também foge, dando a vitória ao blefador. Observe que o jogador que correu com trinca de reis está puto, pois não teve coragem de conferir, e até ver pela televisão não saberá que seu adversário estava blefando. Imagine o quanto ele vai xingar quando ver.

Dica do Leo Chain: nunca mostre uma mão após blefar (eu mesmo às vezes não aguento e tripudio, mostrando que blefei, o que costuma deixar os adversários putos), porque tal atitude mostra aos outros que você costuma blefar e também como você se comporta quando blefa.

Mas o blefador do vídeo foi um gênio… jogou muito bem.

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