terça-feira, 29 de junho de 2010

Arbitragem pré-histórica

O maior esporte do mundo, praticado em todos os países conhecidos, cuja entidade máxima tem mais afiliados do que a ONU, insiste em não evoluir. A FIFA não admite o uso da tecnologia por acreditar que os países mais pobres, os campeonatos menores não poderão usá-la.

Só que a tecnologia não representa mudança nenhuma nas regras. Representa, sim, uma ajuda na aplicação correta das regras. Quando não der para ter telão, ou quando não der para ter chip na bola, paciência, confia-se no olho do juiz mesmo. Mas quando dá, ah, dona FIFA, aí precisa-se usar tudo o que tem.

Imagina o que se gasta para organizar uma Copa. Meio bilhão de dólares por estádio, pelo menos oito estádios. Só aí dá quatro bilhões de dólares. Supondo que se gaste o mesmo em obras de infra-estrutura, oito bilhões de dólares.

Já pensou gastar entre oito e dez bilhões de dólares, organizar uma copa perfeita, mas ter que se contentar com o sabor amargo de uma injustiça que mude o resultado final simplesmente porque a FIFA não acha que se deve usar a tecnologia?

Sinceramente… não acredito que se possa brincar com a paixão e com os investimentos de tantas pessoas do mundo. Talvez quando mudar o presidente da FIFA. Talvez…

Veja a reportagem do Globoesporte.com sobre o assunto:

Blatter reabre debate sobre uso de novas tecnologias na arbitragem

Presidente da Fifa pede desculpas a México
e Inglaterra, prejudicados por erros cruciais

Sem Larrionda e Rosetti, árbitros evitam polêmica sobre tecnologia (Thiago Dias de Castro / Globoesporte.com)

Sem Larrionda e Rosetti, árbitros evitam polêmica sobre tecnologia

Juízes que erraram faltam treino aberto. 'Nos orientaram para não falarmos disso', diz Simon

Nenhum comentário: