terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Buracos

Fonte: Jornal Diário do Aço

Wôlmer Ezequiel

IPATINGA - O número de buracos espalhados pela malha rodoviária de Ipatinga tem aumentado com a incidência de chuvas. A medida paliativa de colocar terra se desmancha com as pancadas de chuva e as crateras proliferam por toda parte. Na avenida J.K., no bairro Jardim Panorama, por exemplo, o buraco chegou a ser sinalizado com uma caixa de acondicionar verduras, mas que depois foi retirada do local. O buraco situado a poucos metros de um semáforo oferece riscos a motoristas e pedestres.
EDITORIAL
Buraco negro
Trafegar de carro pelas ruas e avenidas de Ipatinga virou uma verdadeira via crucis. O asfalto virou farinha em inúmeros pontos da cidade, com a formação de crateras que podem cortar pneus, comprometer a suspensão dos veículos e ainda causar acidentes. Em alguns cruzamentos, os buracos proliferam em pontos críticos e, como a lei do mais forte é muito empregada nessas ocasiões, motoristas de caminhões e ônibus escolhem o melhor ângulo para a tangência, deixando os carros pequenos sem alternativa.
Essa situação já se arrasta desde as primeiras chuvas. Não bastassem as dificuldades naturais que o período chuvoso impõe, a estiagem não tem sido aproveitada para reparos emergenciais. É claro que seria exigir demais que a malha viária se apresentasse nas condições que fazem de Ipatinga uma das cidades mais dotadas em termos de infra-estrutura urbana. Mas é inegável que o prefeito Sebastião Quintão, célere na adoção de toda sorte de expedientes e chicanas jurídicas para se perpetuar no poder, em contrapartida tem sido lento e pecado por omissão no campo administrativo.     
O caso das ruas e avenidas esburacadas, por sinal, é apenas mais um dos indicativos que comprovam um melancólico clima de final de festa. Logo após as eleições, por exemplo, obras foram abandonadas e crianças de escolas públicas ficaram expostas ao perigo. Ao contrário dos anos anteriores, quando a perspectiva de uma reeleição parecia um projeto viável no horizonte, e as comemorações do Natal e Ano Novo serviam para consolidar uma imagem simpática do governo, até mesmo esses dois eventos passaram em brancas nuvens. E nenhuma luz foi sequer vista em qualquer prédio ou logradouro público.
A essa altura, com a decantação do processo político encerrado em outubro, o próprio prefeito enfim percebeu os estragos causados por pessoas que atuaram na linha de frente da sua campanha e fizeram naufragar o projeto da reeleição. No entanto, Quintão recebeu nas urnas 49.426 votos, representando 36,26% do eleitorado. Em nome da confiança desses apoiadores e em respeito aos munícipes que optaram por outras candidaturas, o prefeito precisa levar a sério o compromisso de governar até o último dia. Afinal, para quem iniciou o mandato com medidas ousadas horas após a posse, é inconcebível que a despedida seja marcada pelo marasmo que não pode ser atribuído à falta de estrutura, mas a um provável ressentimento pelo resultado das urnas.  

Um comentário:

Anônimo disse...

Olá, achei legal o blog, mas achei que vc pegou mt leve com ele. Acho q vai gostar do meu www.diegolopes.com.br/blog
tb sou ipatinguense, grd abço e parabéns pela iniciativa, gostaria de te apresentar o conteudo9.com.br tb, tb é de um ipatinguense!