segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Chuva causa medo e estragos

Ipatinga foi a cidade mais atingida, com a queda de muitas árvores

Wôlmer Ezequiel

A árvore que ameaçava a casa de Aparecida foi cortada na manhã de ontem por uma equipe de bombeiros

IPATINGA – A forte chuva acompanhada por rajadas de ventos que caiu sobre a região por cerca de duas horas, na noite de sexta-feira (02), causou vários estragos na região, além do transtorno da falta de energia por várias horas na maioria dos bairros do município. Nenhuma pessoa ficou ferida. No entanto, o susto e os prejuízos foram consideráveis. Em Ipatinga, a queda de árvores obrigou o desvio do trânsito em várias regiões, e trânsito e destruíram os telhados de algumas residências.
Segundo o coordenador da Defesa Civil de Ipatinga, Cícero Wexler dos Anjos, a chuva de anteontem não era esperada, pelo menos na intensidade apresentada. “A previsão era de chuva moderada. O que tivemos aqui foi uma pequena tromba d’água, prevista com apenas três horas de antecedência, tamanha a rapidez da formação do temporal”, explicou. Após a chuva foi possível ver no céu de Ipatinga uma seqüência de clarões por cerca de uma hora. Cícero contou que o fenômeno trata-se de uma tempestade elétrica. “Essa descarga elétrica no céu é propícia para a formação de uma chuva de granizo. Nossa sorte foi que o vento dispersou a nuvem de pedra que estava sobre a região. Mas o trisco de chuva de granizo foi muito grande”, comentou Cícero.

Fernando Carvalho

No Bela Vista, queda de árvore interrompeu uma parte da via, forçando o trânsito pela contramão

Prejuízos
A maior parte das ocorrências registradas pela Defesa Civil e pelo Corpo de Bombeiros de Ipatinga foi de queda de árvores. Até a tarde de ontem foram contabilizadas cerca de dez registros, mas de acordo com os bombeiros esse número deve aumentar até o final de domingo. No bairro Caravelas, foram registradas duas ocorrências desse tipo. Uma foi na rua Amazonas, n° 455, onde o vento destelhou parte de duas casas e deixou uma árvore prestes a desabar sobre uma das residências. Uma equipe do Corpo de Bombeiros realizou o corte, afastando o perigo. A auxiliar de serviços Aparecida de Lourdes Gonçalves, 42 anos, mora há 15 no lugar e disse que nunca havia passado por essa situação. Ela contou que teve muito medo da árvore cair em cima de sua casa. “Não tinha para onde ir. Por volta de 22h, o telhado foi arrancado. Então, não dormi vigiando a casa. Ainda por cima, tive que abrigar minha vizinha com um filho de três meses, que também teve destruído o telhado da sua casa”, relatou.

Wôlmer Ezequiel

A casa de Aparecida de Lourdes ficou parcialmente destelhada e foi ameaçada por uma árvore no lote ao lado

No mesmo bairro, na rua Campo Grande, em frente ao n° 253, um galho caiu sobre uma rede elétrica. Já na rua São Borges, ao lado do n° 931, uma árvore foi arrancada e caiu sobre o terraço da casa do funcionário público Márcio de Andrade Siqueira. Ele disse que já está acostumado a ter problemas com chuvas devido ao fato de morar em região de encosta. “A árvore era do vizinho que não cortou, mas agora está tomando a devida providência. Em época de chuva sempre ficamos apreensivos”, falou.
Carro
A queda de uma árvore na avenida Itália, no bairro Cariru, provocou a quebra de um poste de iluminação pública. A árvore também caiu sobre o carro do aposentado Paulo Aurélio Lacerda, que ficou levemente ferido. Ele foi levado por terceiros para o Hospital Márcio Cunha e passa bem. O carro foi guinchado pela Cemig e a árvore retirada do local.
Fabriciano
Em Coronel Fabriciano, a situação ficou mais tranqüila. O coordenador da Defesa Civil no município, Irnac Valadares, informou que não houve nenhuma ocorrência de destaque. “Está tudo dentro da normalidade. Tivemos alguns pequenos deslizamentos de terra e queda de barrancos”, comentou.

Fonte: Diário do Aço

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