sábado, 31 de janeiro de 2009

Penitenciária de Ipaba entre as cinco melhores do Brasil

Detentos da unidade penal recebem atendimento jurídico, psicológico, social e médico, além de estudarem e trabalharem

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Na Penitenciária Dênio Moreira de Carvalho, os presos trabalham nas áreas da marcenaria, tornearia mecânica e várias outras oficinas

IPABA – Considerada modelo em todo o Brasil, a Penitenciária Dênio Moreira Carvalho, em Ipaba, comemora a marca de mais 88% da população carcerária trabalhando ou estudando. A meta é chegar a 100% dos presos com algum ofício até o final de 2008. Inclusive, um dos detentos, R.O.B., está cursando Farmácia na Universidade Presidente Antônio Carlos (Unipac), no Bairro Bethânia, em Ipatinga.

Não é a toa que a penitenciária foi apontada como a quarta melhor unidade prisional do país pelo relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) Carcerária, deputado Domingos Dutra (PT/MA), na (24) na Câmara dos Deputados.

A melhor unidade selecionada no documento é a APAC de Belo Horizonte. Com capacidade para 348 detentos, a Penitenciaria de Ipaba mantém, atualmente, 339 presos nos regimes aberto, semi-aberto e fechado e desenvolve uma extensa frente de trabalho, com parceiros importantes da região.

Nas oficinas da penitenciária, os presos produzem peças automobilísticas até para grandes montadoras, em função da qualidade dos produtos lá fabricados. Os detentos em Ipaba também trabalham em fazendas da região, confecções e produzem artesanato em troca de salário e remissão da pena.
Em média 86,2% dos presos trabalham nas áreas da marcenaria, tornearia mecânica, padaria, lavanderia industrial, fabricação de uniformes, serralheria, criação de gado, porcos e galinhas, fábrica de tijolos ecológicos, reciclagem do lixo, entre outras. E 45,9% estão concluindo os estudos, matriculados no ensino fundamental ou médio.

Além disso, a penitenciaria presta atendimento jurídico, psicológico, social, médico, assistência religiosa e faz acompanhamento das famílias dos presos residentes em Ipaba. Há seis anos sem rebeliões, motins ou fuga, a Penitenciaria Dênio Moreira Carvalho tem vários motivos para ser considerada modelo nacional no processo de ressocialização de presos.

Duas histórias
Duas histórias de detentos se destacam como exemplos de superação e provam que é possível resgatar a cidadania dentro de uma unidade prisional. Geasi da Silva, preso por homicídio, tráfico e uso de drogas em Belo Horizonte, deixou a vida criminosa para trás. Hoje, é trabalhador e cantor gospel. Já gravou três CDs que, juntos, venderam mais de 3.000 cópias, e é solicitado com freqüência pelas igrejas evangélicas da região para fazer apresentações musicais e testemunhar sua recuperação.

Rogério José Amaral dos Santos, o Rogerão, foi preso por tráfico de drogas e era integrante da quadrilha do conhecido traficante Fernandinho Beira-Mar. Hoje, trabalha na penitenciária fabricando sofás, roupas íntimas e bordados.

A produção de peças íntimas foi uma sugestão dele. Segundo Rogerão, sua mãe foi costureira a vida toda e por isso conseguiu ver nas sobras dos tecidos utilizados na produção de tapetes a possibilidade de fazer as peças íntimas. No início, as peças eram vendidas para os funcionários e para as mulheres dos presos, que, agora, levam as peças para vender fora da penitenciária. Ele, também, ensina os outros presos a fabricar e restaurar sofás.

Rogerão afirma que hoje a vida o ensinou que o crime não compensa. “Aprendi o meu valor através da dor e do trabalho e agora sei que tenho capacidade de ganhar tanto dinheiro, quanto, quando estava no tráfico, através do meu trabalho. Ao invés de construir presídios é necessário construir homens novamente.

E isso será feito através do trabalho”, diz. Rogerão conta que montou uma confecção que fabrica bermudas, tapetes e roupas íntimas, que é administrada pela mãe. Após sair da cadeia, pretende investir no negócio e repassar aos filhos os ofícios aprendidos no período em que esteve preso.

Segundo o diretor da penitenciaria, Adão dos Anjos, que é ex-seminarista, formado em Direito, em Contabilidade e trabalhou como policial militar durante 42 anos, o sucesso da unidade é resultado do cumprimento fiel da Lei de Execuções Penais, que garante aos presos o direito ao trabalho, educação, religião e respeito, independente da gravidade do crime.

“A Dênio Carvalho se compromete com a ressocialização dos detentos e mantém o respeito e a ética acima de tudo. A ressocialização tem jeito? Tem jeito sim. E nós estamos fazendo isso aqui.”, afirma o diretor da unidade.

Conheça lista de dez melhores presídios no país elaborada pelo relator da CPI Carcerária
1 - Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (APAC), de Belo Horizonte;
2 - Unidade Prisional Regional Feminina Ana Maria do Couto May, em Mato Grosso;
3 - Papudinha, em Brasília;
4 - Penitenciária de Ipaba (MG);
5 - Centro de Detenção Provisória de São Luís;
6 - Penitenciária de Segurança Máxima do Espírito Santo;
7 - Penitenciária Feminina de São Paulo;
8 - Penitenciária Feminina do Rio;
9 - Presídio do Piauí; 
10 - Presídio de Segurança Máxima de Presidente Bernardes.

Fonte: Jornal Vale do Aço

4 comentários:

Unknown disse...

É bom saber que o nosso estado, mesmo deixando muito a desejar em questão de sistema penitenciário, está contribuindo para a ressocialização dos presos.
Estão de parabéns a APAC de B.H e a penitenciária de Ipaba, pois nesses presídios (como também em vários outros espalhados pelo Brasil)há seres humanos, pessoas merecedoras de condições dignas de sobrevivência. É bom lembrarmos que ali não tem só estuprador,assinos, traficantes, ali tem um pai de família que não pagou pensão, ali tem uma pessoa que sonegou imposto, ali tem um homem que adulterou passaporte para facilitar a ida de pessoas pros E.U.A...ali tem pessoas de boa índole que erraram,não quer dizer que sejam melhores que os outros,devem sim pagar pelo erro, contudo, ninguém merecem viver em condições sub-humanas, como é a situação de tantos presídios em nosso país...

Anônimo disse...

PENITECIARIA DENIO MOREIRA DE CARVALHO É MODELO NA VISAO DOS DE FORA,PERGUNTE AOS PRESOS E ELES VAO DIZER SE É CARINHO AS SURRAS LEVADAS DOS AGENTES E A CELAS SEM ILUMINACAO ETC,VA PASSAR UM DIA NESSAS CODICOES E DEPOIS ME DIZ O Q TEM DE MODELO ALI.

Anônimo disse...

Joe Arpaio é o Xerife do Condado de Maricopa, no Arizona, já há bastante tempo e continua sendo re-eleito a cada nova eleição.

Ele criou a 'cadeia-acampamento', que são várias tendas de lona, cercadas por arame farpado e vigiado por guardas como numa prisão normal.



Baixou os custos da refeição para 40 centavos de dólar que os detentos, inclusive, têm de pagar.

Proibiu fumar, não permite a circulação de revistas pornográficas dentro da prisão e nem permite que os detentos pratiquem halterofilismo.

Começou a montar equipes de detentos que, acorrentados uns aos outros, (chain gangs), são levados à cidade para prestarem serviços para a comunidade e trabalhar nos projetos do condado.

Para não ser processado por discriminação racial, começou a montar equipes de detentas também, nos mesmos moldes das equipes de detentos.



Cortou a TV a cabo dos detentos, mas quando soube que TV a cabo nas prisões era uma determinação judicial, religou, mas só entra o canal do Tempo e da Disney.

Quando perguntado por que o canal do tempo, respondeu que era para os detentos saberem que temperatura vão enfrentar durante o dia quando estiverem prestando serviço na comunidade, trabalhando nas estradas, construções, etc.

Em 1994, cortou o café, alegando que além do baixo valor nutritivo, estava protegendo os próprios detentos e os guardas que já haviam sido atacados com café quente por outros detentos, sem falar na economia aos cofres públicos de quase US$ 100,000.00/ano.

Quando os detentos reclamaram, ele respondeu:
- Isto aqui não é hotel 5 estrelas e se vocês não gostam, comportem-se como homens e não voltem mais.

Distribuiu uma série de vídeos religiosos aos prisioneiros e não permite quaisquer outros tipos de vídeo na prisão.

Perguntado se não teria alguns vídeos com o programa do Partido Democrata para distribuir aos detentos, respondeu que nem se tivesse, pois provavelmente essa era a causa da maioria dos presos ali estarem.

Com a temperatura batendo recordes a cada semana, uma agência de notícias publicou:

Com a temperatura atingindo 116º F (47º C), em Phoenix, no Arizona, mais de 2000 detentos na prisão acampamento de Maricopa tiveram permissão de tirar o uniforme da prisão e ficar só de shorts, (cor-de-rosa), que os detentos recebem do governo.



Na última quarta feira, centenas de detentos estavam recolhidos às barracas, onde a temperatura chegou a atingir a marca de 138º F (60º C).

Muitos com toalhas cor de rosa enroladas no pescoço estavam completamente encharcados de suor. Parece que a gente está dentro de um forno, disse James Zanzot que cumpriu pena nessas tendas por um ano.

Joe Arpaio, o Xerife durão que inventou a prisão-acampamento, faz com que os detentos usem uniformes cor-de-rosa e não faz questão alguma de parecer simpático.

Diz ele aos detentos:
- Nossos soldados estão no Iraque onde a temperatura atinge 120° F (50° C), vivem em tendas iguais às de vocês, e ainda tem de usar fardamento, botinas, carregar todo o equipamento de soldado e, além de tudo, não cometeram crime algum como vocês, portanto calem a boca e parem de reclamar.

Se houvessem mais prisões como essa, talvez o número de criminosos e reincidentes diminuísse consideravelmente.


Criminosos têm de ser punidos pelos crimes que cometeram e não serem tratados a pão-de-ló, tendo do bom e melhor, até serem soltos pra voltar a cometer os mesmos crimes e voltar para a vida na prisão, cheia de regalias e reivindicações.

Muitos cidadãos honestos, cumpridores da lei, e pagadores de impostos não têm, por vezes, as mesmas regalias que esses bandidos têm na prisão.

(*) Artigo extraído e traduzido de um documentário da televisão Americana. Os fatos acima são verídicos e a prisão-acampamento está em Maricopa - Arizona.

Anônimo disse...

Quem vê o artigo acha que lá é um paraíso, trabalhei la, e sei como é a realidade, claro que é uma penitenciaria modelo, mas o que ninguém sabe é das surras que os presos levam, da lavagem cerebral que é feita nos detentos.